Fevereiro Laranja alerta para o combate à leucemia

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Estimativas do Inca indicam mais de 11 mil casos da doença no país entre 2023 e 2025; Região Sudeste é a mais afetada.

O segundo mês do ano é destinado à campanha Fevereiro Laranja, que tem como objetivo destacar a importância e atenção aos sintomas, prevenção e diagnóstico precoce relacionados à leucemia, tipo de câncer que surge quando os glóbulos brancos, presentes no sangue, perdem a função de defesa e passam a se desenvolver sem controle.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a leucemia é uma das neoplasias mais comuns no mundo, com mais de 12 tipos, sendo os quatro primários: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Ainda segundo o instituto, o Brasil deve registrar mais de 11 mil casos da doença entre 2023 e 2025, sendo a região Sudeste com maiores estimativas no país, com 4.610 casos para cada 100 mil habitantes.

De acordo com a hematologista Sarah Bassi, da Oncoclínicas Ribeirão Preto, existem duas classificações para a doença. “Nós temos a leucemia crônica e a aguda. A crônica ocorre quando a doença está em fase inicial e as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Já a aguda, é quando essas células não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais e esse número cresce rapidamente”.

Sarah Bassi, hematologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto – divulgação

Ainda segundo a médica, os sintomas da leucemia podem ser diversos. “O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal e dores nos ossos e nas articulações. É importante ressaltar que o acúmulo de células defeituosas na medula óssea é responsável por alguns outros sintomas. Com a diminuição dos glóbulos vermelhos, por exemplo, o paciente desenvolve anemia, cujos sintomas são: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. Já quando ocorre a redução dos glóbulos brancos, provoca baixa na imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções. E a diminuição das plaquetas causa sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e do nariz”, diz Sarah Bassi.

A detecção precoce pode ser feita por meio de exames clínicos periódicos e regulares de acompanhamento. Se diagnosticado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente após a descoberta.

Prevenção

“Diferentemente de outros tipos de câncer, grande parte dos pacientes que desenvolvem leucemia não apresentam nenhum fator de risco conhecido que possa ser modificado. Então, fica o alerta para que, diante da suspeita de um quadro da doença, o paciente procure imediatamente um hematologista e realize exames para avaliação médica específica”, comenta a médica.

Tratamento

Os resultados dos tratamentos para a doença, principalmente quando está em sua fase inicial, têm mostrado muita eficácia, seja pelo transplante de medula óssea ou até mesmo métodos quimioterápicos.

“O transplante de medula óssea ainda segue sendo o método mais eficaz para tratar a leucemia, principalmente quando há compatibilidade. Entretanto, hoje em dia há outras saídas com uma série de tratamentos que já mostraram eficácia, como combinações entre quimioterapias para a remissão e controle das hemorragias e infecções. O ponto principal para maiores chances de sucesso em quaisquer destes tratamentos é a descoberta da doença em seu estágio inicial”, finaliza a hematologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.

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